quinta-feira, 3 de maio de 2012


Produção do amoníaco em Portugal

A produção de amoníaco em Portugal, deveu-se sobretudo à necessidade de fornecer à agricultura nacional um adequado abastecimento de adubos nitro amoniacais.
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Em Portugal, a produção de adubos, inicia-se na empresa Soda Póvoa, no ano de 1883, em Portugal.

·         A CUF (Companhia União Fabril), inicia em Portugal, a produção de adubos a partir de 1898.





Fig.16- Transporte de amoníaco de Alferrarede para as Fábricas do Barreiro


Fig.17- Símbolo da CUF


·         Em 1911 inicia-se a produção de sulfato de amónio, a partir das águas amoniacais, das fábricas de gás de iluminação de Lisboa.

·         Em 1930, foi instalada uma fábrica de produção de cloro e soda pela empresa SAPEC (hoje ADP – Adubos de Portugal), de capitais belgas, em Estarreja.

·         Em 1948, constitui-se a União Fabril do Azoto, S.A.R.L. O sulfato de amónio é produzido numa fábrica localizada no Barreiro, utilizando amoníaco eletroquímico produzido por uma instalação fabril de Alferrarede.

·         A CUF em 1950 inicia a produção de adubos granulados. Entram em laboração, em 1952, as fábricas da União Fabril do Azoto, com as capacidades de 34 t/dia de amoníaco e 40 000t/ano de sulfato de amoníaco.

·         Em 1952, uma unidade industrial, do Amoníaco Português (CUF, hoje ADP), começa a produzir amoníaco, a partir da eletrólise da água, para a produção de hidrogénio da Uniteca (Quimigal, hoje ADP) e, o azoto obtido a partir do fracionamento do ar, em Estarreja. Nesse ano são produzidas 20 983 toneladas de adubos químicos fosfatados, pela Amoníaco Português em Estarreja.

·         Aumenta em 1955, a capacidade de produção das fábricas da União Fabril do Azoto, que passa a 48t/dia de amoníaco e 60 000 t/ano de sulfato de amoníaco. A produção de adubos nitroamoniacais, começa em 1956, pela empresa Nitratos de Portugal, do grupo Sacor. È novamente ampliada em 1957, a capacidade das fábricas da União Fabril do Azoto, passando para 55 t/dia de amoníaco e 70 000 t/ano de sulfato de amónio.


Fig.18- Importância da produção do amoníaco.









Fig.19- Importância da produção do amoníaco e da sua conversão em anilina e sulfato de amónio, no complexo industrial de Estarreja.

·         Em 1960, a União Fabril do Azoto inicia a construção de um complexo fabril, no Lavradio, destinado à produção de 170 t/dia de amoníaco petroquímico, 40 000 t/ano de ureia e 100 000 t/ano de adubos nítrico-amoniacais.












Fig.20- Imagem da fábrica do amoníaco do Lavradio, nos anos 60.

·         Em 1963, entra em laboração a fábrica de amoníaco petroquímico.

·         Em 1984, entra em funcionamento a nova unidade produtora de amoníaco no Lavradio, com a capacidade de 900 t/dia.


Fig.21- Vista geral de uma fábrica de amoníaco dos finais do século XX e princípio do século XXI.

·         Uma falha do equipamento, em 1985, determina um violento rebentamento na nova instalação de amoníaco do Lavradio (a 15 de Agosto de 1985), sem danos pessoais, mas provocando a imobilização da unidade por dez meses para reparação. A fábrica de amoníaco, em 1986, retoma a laboração em Junho, após a reparação.





Fig.22- Imagem atual da fábrica do amoníaco, que se encontra em fase de desmantelamento.

2 comentários:

  1. como saber e onde o tempo prestado em regime de turnos nesta unidade de 900 t/d, rebentou a 15 de agosto, eu sei porque estava lá, estava de serviço no laboratório

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